Você imagina o trabalho que
dá
localizar e desvendar as
cartas de Charles Darwin e
Fritz Müller hoje?
Vídeo original:
Lifecycle of a Letter – Darwin Correspondence Project
Filmagem e edição: Francis Neary.
Produção: Sally Stafford.
Edição especial para a exposição “De Repente, Extraordinária!”:
Edição: Francis Neary e Fabio Silva.
Tradução e legendas: Cheris Williams e Fabio Silva.
Apresentação: Alison Pearn, Rosemary Clarkson e Shelley Innes.
Editado e reproduzido com a permissão da equipe do Darwin Correspondence Project.
A
Correspon
dência
Desde 1974, o Darwin Correspondence Project, sediado na Biblioteca da
Universidade
de Cambridge (Reino Unido), reúne, organiza, transcreve,
interpreta, difunde e
conserva a correspondência enviada e recebida por
Darwin ao longo de toda sua
vida – entre elas, as de Fritz. Tudo para que
possamos aproveitar ao máximo,
hoje e no futuro, sua riqueza de
informações sobre a história de pessoas, lugares,
espécies, instituições,
ideias, costumes, linguagem e vários outros aspectos da
ciência e da
cultura.
Não é uma tarefa fácil para os 12 profissionais que compõem a atual equipe.
Há
cartas ainda espalhadas pelo mundo, caligrafias difíceis de entender,
documentos
fragmentados, termos que tinham significado diferente dos
de hoje, cartas que só
sobreviveram em outros idiomas e referências cuja
identificação requer um
trabalho de detetive.
Você pode conhecer todos esses desafios no vídeo Lifecycle of a Letter
(Ciclo de
Vida de uma Carta), disponível na íntegra aqui e no
site do projeto
(em inglês). Mas também selecionamos e
legendamos o trecho acima para
você ter uma
ideia do volume de cartas, de como elas chegam nas mãos da
equipe e do trabalho
que demanda o material de Fritz (o correspondente
favorito da pesquisadora Shelley Innes!).
Veja mais curiosidades:

Cartas despedaçadas precisam ser remontadas como um quebra-cabeça, com o apoio da equipe de conservação da biblioteca, como mostra Elizabeth Smith.

Termos familiares podem nos enganar. No século 19, o termo genetic não tinha nada a ver com a genética que conhecemos. Anne Secord explica que, de acordo com a classificação dos seres vivos na época, caracteres “genéticos” eram aqueles que qualificavam o gênero ( genus) e não tinham uma função óbvia, ao contrário dos adaptativos.

A primeira namorada de Darwin lhe escreveu assim, cruzando linhas verticais e horizontais. Depois, era só dobrar para formar um envelope e selar com cera. Leva um tempo para acostumar os olhos, segundo Anne Secord.

Shelley Innes precisou buscar um índice de todos os romances ingleses ambientados na Índia publicados no século 19, e ler um dos livros para descobrir sobre qual deles Darwin havia comentado. Ela conseguiu! Era How to Manage it, de Iltudus T. Prichard.