Descubra curiosidades sobre a diversa
família
das bromélias, a que Fritz Müller se dedicou
nos últimos anos de vida, com
a ajuda dos
netinhos.

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Crédito: Juliana de Paula-Souza
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Crédito: Fernanda M. C. Oliveira e Raoni Lorizolla Cordeiro
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Bromélias
Diversidade I
Vriesea gigantea

As bromélias foram a paixão de Fritz nos seus últimos 7 anos. Morreu delirando
sobre elas. Darwin já não vivia, mas teria gostado de saber de toda a sua
diversidade – ainda a ser nomeada e encontrada, até os dias de hoje. Fritz
descreveu várias espécies, além de estudar a fauna associada a essas plantas
(veja o cartaz “Cheias de Vida”).
As duas espécies de bromélias do jardim da De Repente, Extraordinária!
pertencem
ao mesmo gênero, Vriesea. Achou-as parecidas? Fritz dizia que
só era possível
distinguir certas bromélias ao estudá-las. Quantas diferenças
entre as duas
você consegue encontrar?
Ilustração de Fritz, em seu último ano de
vida: partes de bromélia Vriesea
corcovadensis.*
*Do artigo “Algumas observações sobre
bromeliáceas”, de Fritz Müller, publicado
na Alemanha em 1897.
Bromélias
Diversidade II
Vriesea platynema


Carlos Pontalti
Com idade já avançada, Fritz fazia suas excursões diárias acompanhado pelos
netos Hans e Fritz Lorenz (Fritzie), com cerca de 11 e 9 anos. Eram eles que
localizavam as bromélias no alto das árvores e as escalavam para coletá-las.
[Pois
é, conseguir espécimes para estudo também dá trabalho!]. Eles sabiam
identificá-las e, não só ajudavam o avô nos cruzamentos experimentais entre
diferentes
espécies, como também criavam suas próprias bromélias híbridas no
jardim de Fritz.
Fazer ciência pode ser divertido!
Hans e Fritz Lorenz
imitando a pose do avô,
por volta de 1893.*
* In WEST, D. A. Darwin’s Man in Brazil: The Evolving Science
of Fritz Müller.
University Press of Florida, 2016. p. 203.
Olhe para cima! Você já reparou nas bromélias que crescem no topo de
diversas
árvores? Já viu “barba de velho”, que também é bromélia? E
aquelas que crescem
nas pedras e até na rede elétrica? Cerca de 30% das
espécies dessa família também
podem crescer no solo, como as que você
vê no jardim da De Repente, Extraordinária!
Afinal, há larvas do mosquito
da
dengue nas bromélias?

Crédito: Suzana Alcantara
Aedes
aegypti
nas
bromélias?
Você já deve ter ouvido falar que a água acumulada entre as folhas das
bromélias pode
abrigar ovos e larvas do temido mosquito Aedes aegypti,
transmissor de doenças como dengue,
zika e chikungunya. Talvez até tenha tido
que remover essas plantas do seu jardim. Mas,
antes de correr para eliminar
todas as bromélias que encontrar, saiba que o risco que
elas representam
depende de onde elas estão.
Pesquisadores da UFSC* monitoraram 3.998 indivíduos de 16 espécies de
bromélias no principal
campus da universidade em Florianópolis, de abril a
novembro de 2021. 665 apresentaram
larvas de insetos em seu tanque –
inclusive, de pernilongos e muriçocas, mas nenhuma do
mosquito da dengue.
Quando frequentada por uma fauna diversa, as bromélias se tornam uma
péssima incubadora
para o Aedes aegypti. Pode até haver ovos ou larvas, mas,
dificilmente, eles chegarão a
se desenvolver. Tudo indica que, com tanta matéria
orgânica no tanque, o caldo fique
ácido demais para essa espécie. Além disso,
não é fácil sobreviver com tanta
competição e predadores. Mais um motivo para
manter as bromélias onde elas precisam
estar, já que muitíssimos animais
dependem delas. (Veja o
cartaz “Cheias de Vida”.)
Fora do seu ambiente natural, sem o contato com os outros animais que
depositam matéria
orgânica no seu tanque ou se alimentam de larvas, é mais
difícil garantir que o Aedes
não vá se criar ali. Por isso, nesse caso, a
recomendação da Vigilância Sanitária de
Santa Catarina é sempre optar por
espécies de plantas que não acumulem água entre suas folhas.
*O estudo está sendo realizado pelos graduandos em Ciências Biológicas Janaina
Vedana Pereira, Liridiane Pilar e
Raoni Lorizolla Cordeiro, supervisionados pelo
biólogo Allisson Jhonatan Gomes Castro e pela profa. Fernanda M. C.
Oliveira.
As informações aqui apresentadas, fornecidas por Fernanda M. C. Oliveira e
Allisson J. G. Castro, provêm
desse estudo.