Há mais de 2.500 espécies de
orquídeas no
Brasil e 20 mil no mundo. Entenda as
experiências de Fritz
Müller com a fertilização
de orquídeas.

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Orquídeas
Fertilização I
Cattleya purpurata
(=Laelia purpurata)
Você sabia que a maioria das plantas, como as orquídeas, produz tanto
gametas
masculinos como femininos numa mesma flor? Os masculinos
são os grãos de pólen que,
nas orquídeas, ficam dentro de “saquinhos”
(políneas); já os femininos, depois de
fecundados com a ajuda de
polinizadores, transformam-se nas sementes. Ainda em
Desterro, Fritz
polinizou uma C. purpurata com a polínea de uma orquídea de outra
espécie, entre diversos outros pares, para ver qual seria a qualidade das
sementes
resultantes. Listou a Darwin o resultado de 19 cruzamentos, na
mesma carta em que
falou das formas de plantas e crustáceos e dos sons
melodiosos de um peixe. Com o par
que incluía a C. purpurata, a maioria
das sementes era boa.
A C. purpurata é considerada a flor símbolo do estado de Santa Catarina.
No século 19,
era exportada para a Europa em grande quantidade, como
planta ornamental. Hoje, está
em risco de extinção.
*Darwin Correspondence Project, “Letter no. 10960”, tradução livre.
Orquídeas
Fertilização II
Gomesa flexuosa

Aplicando diversos tipos de pólen em seus estigmas, Fritz observou que
orquídeas
costumam ser estéreis ao próprio pólen e não formam muitas
sementes com o pólen de
plantas de outras espécies. O melhor, mesmo, é
elas serem fertilizadas com o pólen de
outros indivíduos da mesma espécie.
“Eu tenho diversos casos impressionantes de semelhante autoesterilidade
em orquídeas,
mas, até então, sempre os atribuí ao cultivo em condições
não-naturais [em estufa], e
isso torna seu caso muito interessante para
mim.”
(Charles Darwin a Fritz Müller, 07/02/[1867]).*
Gomesa flexuosa, ilustrada
por Fritz. O lado esquerdo,
fertilizado com pólen de
outra espécie de orquídea,
cresceu menos.**
*Darwin Correspondence Project, “Letter no. 5393”, tradução livre.
** ZILLIG, Cezar. Dear Mr. Darwin: A intimidade da correspondência
entre Fritz Müller
e Charles Darwin. São Paulo: Sky / Anima, 1997. p. 149.