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Há mais de 2.500 espécies de orquídeas no
Brasil e 20 mil no mundo. Entenda as
experiências de Fritz Müller com a fertilização
de orquídeas.

Orquidea
Crédito: Carlos Pontalti

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Vanilla chamissonis
Crédito: Seiji Lubke_

2/9

Gomesa flexuosa
Credito: Rodrigo Penati

3/9

Zygopetalum triste
Crédito: Suzana Alcantara

4/9

Koellensteinia eburnea
Crédito: Suzana Alcantara

5/9

Epidendrum secundum
Crédito: Suzana Alcantara

6/9

Encyclia alboxanthina
Crédito: Suzana Alcantara

7/9

Encyclia alboxanthina
Crédito: Suzana Alcantara

8/9

Acianthera rostellata
Crédito: Suzana Alcantara

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Orquídeas

Fertilização I

Cattleya purpurata

(=Laelia purpurata)

Você sabia que a maioria das plantas, como as orquídeas, produz tanto
gametas masculinos como femininos numa mesma flor? Os masculinos
são os grãos de pólen que, nas orquídeas, ficam dentro de “saquinhos”
(políneas); já os femininos, depois de fecundados com a ajuda de
polinizadores, transformam-se nas sementes. Ainda em Desterro, Fritz
polinizou uma C. purpurata com a polínea de uma orquídea de outra
espécie, entre diversos outros pares, para ver qual seria a qualidade das
sementes resultantes. Listou a Darwin o resultado de 19 cruzamentos, na
mesma carta em que falou das formas de plantas e crustáceos e dos sons
melodiosos de um peixe. Com o par que incluía a C. purpurata, a maioria
das sementes era boa.

A C. purpurata é considerada a flor símbolo do estado de Santa Catarina.
No século 19, era exportada para a Europa em grande quantidade, como
planta ornamental. Hoje, está em risco de extinção.

​*Darwin Correspondence Project, “Letter no. 10960”, tradução livre.

Orquídeas

Fertilização II

Gomesa flexuosa

Aplicando diversos tipos de pólen em seus estigmas, Fritz observou que
orquídeas costumam ser estéreis ao próprio pólen e não formam muitas
sementes com o pólen de plantas de outras espécies. O melhor, mesmo, é
elas serem fertilizadas com o pólen de outros indivíduos da mesma espécie.

“Eu tenho diversos casos impressionantes de semelhante autoesterilidade
em orquídeas, mas, até então, sempre os atribuí ao cultivo em condições
não-naturais [em estufa], e isso torna seu caso muito interessante para
mim.”

(Charles Darwin a Fritz Müller, 07/02/[1867]).*

Gomesa flexuosa, ilustrada
por Fritz. O lado esquerdo,
fertilizado com pólen de
outra espécie de orquídea,
cresceu menos.**

*Darwin Correspondence Project, “Letter no. 5393”, tradução livre.
** ZILLIG, Cezar. Dear Mr. Darwin: A intimidade da correspondência
entre Fritz Müller e Charles Darwin. São Paulo: Sky / Anima, 1997. p. 149.